sexta-feira, 16 de maio de 2008

UERGS - Guaíba

Prezados


Há dois anos e por exclusiva iniciativa da nossa Unidade da UERGS, Guaíba, conseguimos 150 mil reais do Governo Federal (FINEP) para obras no precário prédio do antigo DAER que ocupamos. O dinheiro está até hoje trancado na reitoria! A explicação dada pelo Pró Reitor Eloy Garcia quando veio receber aqui o Senador Paulo Paim, foi que não se tinha certeza se o prédio era mesmo da UERGS! Ora, nunca se teve dúvida de que o prédio é do Estado! Detalhe técnico.

O Senador Paim foi trazido aqui também por iniciativa nossa. Nessa oportunidade ele prometeu obter uma emenda no orçamento da União para resolver o problema UERGS. Conseguiu. Foram aprovados 8 milhões. Onde estão? Onde serão aplicados? Quanto será destinado à Unidade de Guaíba?

Quando ficou claro que não haveria vestibular para o nosso Curso de Engenharia em Sistemas Digitais em março deste ano (2008), o reitor prometeu vestibular em agosto “com a obra pronta”, enfatizou. Hoje não temos nem a obra nem professores suficientes para atender as disciplinas regulares!!! Serão três anos sem vestibular.

Só há uma interpretação possível dos fatos: trata-se de estratégia de desmonte do curso, organizada pelo Governo do Estado. Se não for isso, por favor, me contestem! Mostrem-me que me engano.

Não vem do governo, mas de uma jornalista, Rosane Oliveira, a sugestão positiva que a “agenda” promovida pela RBS não soube dar: “Por que os gaúchos não se unem para tentar atrair para o Estado uma fábrica de semicondutores, para não perderem o trem da TV digital?”, pergunta ela em sua coluna de ZH de segunda-feira, 4 de fevereiro. Entretanto produzimos aqui exatamente a mão de obra, rara e escassa, de que necessita essa iniciativa. A jornalista fala de “parceria das empresas com as universidades gaúchas”. Ora, a Dell, instalada em El Dourado, só está esperando reconhecimento do curso para estabelecer parceria conosco.

Fala-se tanto em educação, noticia-se falta de mão de obra qualificada exatamente na área em que a estamos produzindo, nossos formados recebem salários iniciais de 8 mil reais, somos um dos poucos cursos do Brasil a promover formação simultânea em micro-eletrônica e computação, nossos alunos são contratados pelo CEITEC... Entretanto, incompreensivelmente da reitoria temos tratamento de execração, como “unidade rebelde”, que protesta, que reclama que escreve e-mails...

Esse curso poderá ser fechado pelos poderes executivo e judiciário, mas eu terei em mãos um livro com a história do processo todo, com os nomes dos responsáveis, incluindo a conivência do quarto poder- a mídia.

Sem mais, atentamente

Roberto Ribeiro Baldino

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