terça-feira, 9 de outubro de 2007

"Batalha Final" do IGNORANTE Paulo Sant'ana

O jornalista Paulo Sant'ana no dia 5 de Outubro ZH escreveu matéria incentivando o fechamento da UERGS partindo pela extinção dos vestibulares.


NÃO DEIXEM DE LER. Se ao final da leitura discordar de algo, por favor encaminhe um e-mail a esse senhor.


Infelizmente o que ele diz está acontecendo de fato. Existem muitas forças contra a continuidade da nossa universidade. Não foi aberto vestibular até agora.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Armagedon

A cada novo mandato vemos as mesmas atitudes. Novamente nos é imposto pelos que estão no poder, um caminho que nos leva a uma encruzilhada fatal. Ainda temos opção?
O primeiro caminho, que é a continuação daquele que já estamos trilhando a bastante tempo, com alta velocidade e que leva direto ao “precipício”. Esta estrada também tem a propriedade de que, a partir de certo ponto, as pontes se desmoronam após a passagem impedindo a volta. Este é o caminho de pacotes como o agora da governadora Yeda. E como sempre a segunda opção não existe.
Para piorar a situação alguns profissionais afirmam disparates na imprensa, sem uma visão global. Venho por meio deste texto expressar minha indignação com a matéria publicada pelo colunista Sant'ana, na ZH de sexta-feira, dia 05 de outubro, denominado O Armagedon . Na referida matéria ele publica sugestões e desparates e a mais nociva e injusta diz respeito à UERGS e
não posso ficar indiferente a absurdos do tipo “(...) um Estado mendigo dê-se ao desplante de manter uma universidade estadual. Isso é uma demência institucional”.
Sou graduanda de Ciências Biológicas da Universidade de Santa Cruz do Sul( UNISC) e também passei no vestibular da Universidade do Estado do Rio Grande do Sul(UERGS), mas por opção de vida, decidi fazer Biologia e ser professora ao invés de Engenheira de Biotecnologia. Trabalho na Escola de aplicação da UNISC Escola Educar-se e sou estagiária no colégio Maua em Santa Cruz do Sul e como profissional de educação não posso deixar de falar. Sempre respeitei as opiniões contrarias a minha, acredito que faz parte da democracia, só que desta vez passou dos limites do bom senso.
Apesar de optar por estudar em uma Universidade privada penso que precisamos repensar agora as bases de nossa ideologia desenvolvimentista. Precisamos redefinir "progresso", progresso não somente como aumento ou recuperação de fluxo de caixa (materiais e dinheiro), mas progresso como aumento de produção cientifica e bem estar social. Sabemos que hoje, existe uma ordem mundial onde quem tem o poder é quem produz tecnologia.
Se pararmos um pouquinho e analisarmos veremos que a maior parte dos produtos tecnológicos, que consumimos, vem das tecnologias promovidas pelo atual modelo econômico mundial e maciçamente importadas pelos paises em desenvolvimento.
Somos escravos da produção tecnológica de paises desenvolvidos. E é ai que vai as nossas "divisas". Nosso dinheiro e nossas matérias primas. E é ai que começa essa onda de calamidades(fome, falta de saúde, violência, dependência cientifica e tecnológica, destruição das reservas naturais, extinção de espécies de seres vivos, baixos salários, entre muitos outros), tudo sempre esta interligado.
Como já dizia Lutzemberber:
“As causas desta constelação de calamidades são as estruturas predominantes de poder. O poder se concentra e procura concentrar-se cada vez mais. Por isso ele se serve sempre, em toda parte e em todos os níveis, daqueles instrumentos, daquelas tecnologias, daqueles métodos e processos, daquelas estruturas que geram dependência, que concentram capital, isto é poder de decisão”.

Estes procedimentos, adotados pela governadora e economista Yeda, nos são apresentados como sinônimo de estabilização das contas publicas, como a única alternativa viável, indispensável à sobrevivência do Estado. Mas não passam de disfarçados instrumentos de poder. As antigas formas de escravatura pelo menos eram honestas, o escravagista não negava sua condição. Hoje sempre se consegue que o dominado acabe aceitando a ideologia do dominador. E isso tudo com uma forcinha de certos profissionais “imparciais” de imprensa.
Fechar nossa Universidade Estadual significa parar com uma produção de pesquisa Tecnológica que há muitos anos se fazia necessária para o crescimento deste estado.
A mudança da situação atual do Estado poderá ser gradual e harmônica, sem convulsões sociais, se passar por educação e Produção de tecnologia por nós alunos, e professores das Escolas e Universidades e não será material de barganha financeira se ela vier de uma Universidade Publica e Gratuita do Rio Grande do Sul.
Gostaria muito que o jornalista revisse sua opinião e se não for capaz, como disse Maria Julia Padilha Macagnan “que limite-se a falar no Grêmio”!
Rosangela Batisti Schwingel